China procura consenso mínimo no diálogo nuclear

Pyongyang exige de Washington a retirada das sanções impostas há um ano

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Por Agencia Estado
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A China iniciou nesta sexta-feira o quinto dia do diálogo com os outros cinco países que discutem a crise nuclear norte-coreana (Estados Unidos, Rússia, Japão e as duas Coréias) com reuniões bilaterais numa tentativa de evitar o fracasso da rodada. Um porta-voz oficial chinês informou que à tarde os chefes de delegações dos seis países farão uma reunião conjunta. O delegado dos EUA, Christopher Hill, afirmou na quarta-feira à noite que a atual rodada terminará na sexta-feira, após uma nova reunião com o representante norte-coreano, Kim Kye-gwan. O americano confirmou que deixará Pequim neste sábado. Também ontem, o delegado japonês, Kenichiro Sasae, se mostrou pessimista. "A situação continua sendo grave e não há perspectivas de avanço", afirmou, ao retornar ao hotel após uma série de reuniões bilaterais. Pyongyang continua exigindo de Washington a retirada das sanções impostas há um ano. Os EUA, porém, se negam a incluir o tema no diálogo de seis lados. Por isso, as negociações são feitas em paralelo, por grupos de trabalho chefiados pelo subsecretário de Estado para crimes financeiros terroristas, Daniel Glaser. Glaser se reuniu em várias ocasiões com o presidente do Banco de Comércio Exterior norte-coreano, O Kwang-chol, e anunciou a possibilidade de um novo encontro em janeiro, em Nova York. O porta-voz do Ministério de Relações Exteriores da China, Qin Gang, afirmou que o diálogo se encontra "em sua fase mais séria" dos últimos anos. A delegação chinesa, liderada por Wu Dawei, espera chegar a algum documento de consenso.

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