15 de outubro de 2015 | 11h10
PEQUIM - O governo da China proibiu durante um ano as importações de marfim adquirido como troféu de caça, sua última medida na luta contra o comércio ilegal de presas de elefante no país, que está levando à espécie ao risco de extinção.
De acordo com um comunicado divulgado nesta quinta-feira, 15, a Administração Estatal Florestal da China deixará de aprovar essas importações a partir de hoje, até 15 de outubro de 2016.
Em um ano de duras críticas contra a China, que possui o maior comércio ilegal de presas de elefantes do mundo e cuja demanda está ameaçando a espécie, o governo está demonstrando sua "determinação" para proteger esses animais, destacou um representante da agência estatal.
O anúncio acontece depois que as autoridades impuseram em fevereiro a proibição da importação de marfim esculpido durante um ano, uma medida que se somou ao aumento dos processos contra contrabandistas e às apreensões na fronteira.
Agora, as autoridades estão revisando o impacto da medida tomada no começo do ano com o objetivo de ampliá-la.
O comércio de marfim é legal na China desde que a Convenção sobre o Comércio Internacional de Espécies Ameaçadas de Fauna e Flora Silvestres (CITES) lhe concedeu uma permissão para comprar o material de quatro países da África e vendê-lo dentro de suas fronteiras, sempre seguindo a regulamentação adequada do mercado.
Cada uma das lojas em território chinês (atualmente existem cerca de 200, segundo dados oficiais) deve apresentar um certificado que supostamente permite "rastrear" o produto até sua origem, mas, em várias ocasiões, essas identificações são falsificadas.
Segundo os ambientalistas, esta situação evidência que o mercado legal na China ajuda a regularizar o marfim obtido ilegalmente. / EFE
Encontrou algum erro? Entre em contato
Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.