China reitera oposição a sanções unilaterais contra o Irã

País acredita que a crise deve ser resolvida por meio da diplomacia

PUBLICIDADE

Atualização:

PEQUIM - A China reiterou nesta quarta-feira, 4, sua oposição ao esforço dos Estados Unidos de impor sanções unilaterais ao Irã por causa do programa nuclear iraniano e disse que a crise deveria ser resolvida por meio da diplomacia. Na terça-feira o Irã ameaçou agir se a Marinha dos EUA enviar um porta-aviões para o Golfo Pérsico. Foi a declaração mais agressiva por parte do governo iraniano depois de semanas de ameaças de ação militar num momento em que as sanções financeiras norte-americanas e da União Europeia começam a afetar a economia do país. "A China acredita com firmeza que as sanções não são a melhor maneira de aliviar tensões ou resolver a questão do programa nuclear iraniano", disse o porta-voz do Ministério de Relações Exteriores Hong Lei, durante uma reunião com a imprensa. "O caminho correto é o do diálogo e das negociações. A China se opõe a colocar leis internas acima da lei internacional para impor sanções internacionais a outro país", disse ele. A China defende há tempos seus contratos comerciais com o Irã, incluindo a importação de petróleo, e critica as sanções que podem prejudicar essas relações. Hong acrescentou: "A China e o Irã têm trocas comerciais e no setor de energia que são transparentes e não contrariam resoluções do Conselho de Segurança da ONU. Os negócios em questão não devem ser afetados." No fim de semana, o presidente dos EUA, Barack Obama, deu seu aval a uma lei que impõe sanções a instituições financeiras que negociem com o banco central do Irã, principal intermediário nos pagamentos das exportações de petróleo iraniano.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.