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China, Rússia e França pedem mais tempo para inspetores no Iraque

Por Agencia Estado
Atualização:

O chanceleres da Rússia, França, e China pediram hoje que os inspetores de armas da ONU, chefiados por Hans Blix e Mohamed el-Baradei, apurem as evidências apresentadas ao Conselho de Segurança (CS) das Nações Unidas pelo secretário de Estado dos EUA, Colin Powell. Os três países formam com os EUA e Grã Bretanha o grupo de membros permanentes do CS têm poder de veto nas decisões do Conselho e podem impedir uma declaração de guerra ao Iraque. A França também expressou esperança de que a seção de hoje - na qual Powell falou por 76 minutos, apresentando gravações e imagens que comprovariam tentativas iraquianas de enganar os inspetores das Nações Unidas - ?fortaleça a unidade do Conselho?. O chanceler Dominique de Villepin disse que é ?inadmissível? que o Iraque descumpra a resolução 1.441 do CS, que exige plena colaboração com as inspeções. O chanceler russo Igor Ivanov disse que talvez novas resoluções do CS venham ser necessárias, e afirmou que as informações fornecidas hoje por Powell mostram a importância ?da necessidade de respostas novas e imediatas? por parte do Iraque. Respostas que, segundo Ivanov, devem ser analisadas pelos inspetores, antes que se chegue a uma conclusão definitiva sobre o estado dos arsenais iraquianos. Tang Jiaxuan, chanceler chinês, agradeceu aos EUA "por fornecerem ao CS informações e evidências sobre armas de destruição em massa no Iraque", porque isso irá ajudar a equipe de inspetores da organização a realizar um trabalho mais eficaz. Tang falou sobre a necessidade de o Iraque cooperar mais e afirmou que o CS deveria tomar uma decisão "com base no resultado das inspeções". Ele defendeu o ponto de vista dos chefes dos inspetores, Hans Blix e Mohamed el-Baradei, de que precisam de mais tempo para realizar seu trabalho. "Nós deveríamos respeitar a posição deles e esperamos que sua visita ao Iraque, no domingo, tenha resultados positivos." Tang exortou o Iraque a ser mais "pró-ativo" na cooperação com a ONU e apresentar mais esclarecimentos, o mais rápido possível. Lembrando que o CS tem uma posição definida sobre a eliminação de armas de extermínio no Iraque, o chanceler chinês disse que o mais importante agora é a "sua implementação completa". Na conclusão, destacou que é o desejo da comunidade internacional evitar a guerra, e que a China trabalhará por uma saída diplomática.

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