
12 de outubro de 2009 | 10h04
Xinjiang tem estado sob forte segurança desde então. Hoje, imagens da TV estatal mostravam tropas paramilitares cercando a corte. A mídia estatal afirma que sete pessoas foram condenadas por assassinato, distúrbios e roubo. Seis receberam a pena de morte. Um porta-voz do governo regional informou que uma sétima pessoa recebeu pena de prisão perpétua, pois ajudou na captura de um dos sentenciados à morte.
A polícia informou sobre centenas de prisões após os distúrbios em Urumqi que, segundo o governo, deixaram 197 mortos e mais de 1.700 feridos. A mídia estatal informa que 21 pessoas - a maioria delas uigures - foram acusados por homicídio e incêndio criminoso. A violência começou em 5 de julho, quando a polícia acabou com uma manifestação de jovens uigures exigindo uma investigação sobre uma briga entre trabalhadores Han e uigures em uma fábrica de brinquedos no sul da China. Uigures atacaram pedestres em Urumqi, uma cidade de maioria Han, no centro da tradicional terra dos uigures. Dois dias depois, os Han reagiram, atacando residências de uigures, e as forças de segurança por fim restabeleceram a ordem.
O governo chinês atribui a confusão a grupos estrangeiros que pedem mais direitos para os uigures em Xinjiang, mas não apresentou provas. Muitos uigures reclamam da opressão religiosa, política e cultural das autoridades chinesas, agravada pela migração em larga escala de membros da etnia Han para a região, desde o início do regime comunista em 1949.
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