PUBLICIDADE

China veta programa sobre plástica

Medida é parte de campanha contra ?vulgaridade? na TV

Por EFE
Atualização:

As emissoras de TV chinesas foram proibidas pela Administração Estatal de Rádio, Cinema e Televisão de exibir imagens de cirurgias plásticas ou operações de mudança de sexo. A medida é parte de uma recém-lançada campanha para eliminar "o mau gosto e a vulgaridade" na TV. Segundo a determinação do organismo estatal - chamado extra-oficialmente de "departamento de censura" -, todas as estações de televisão do país ficam proibidas de "organizar, realizar ou divulgar reality shows" sobre essas cirurgias, que também não podem ser mostradas nos noticiários, informou a agência oficial de notícias Nova China. A nova proibição foi anunciada após a polêmica causada pelo programa Um encontro com a beleza - que, segundo o departamento de censura, estava cheio de "sangue" e "vulgaridade" e também violava a privacidade dos participantes ao exibir cirurgias como implantes de silicone e lipoaspirações. "Não pretendíamos criar um clima de sensacionalismo com as cirurgias. Queríamos mostrar como são essas operações e acabar com o medo da cirurgia", disse He Ji, produtor do programa, exibido por uma televisão de Guangdong (Cantão), sul da China. Ele declarou que a emissora de TV acatará a proibição. "Nós definimos como ?programas vulgares? aqueles que refletem violência, crimes, pornografia e terror", afirmou Zhang Haitao, subdiretor da Administração Estatal de Rádio, Cinema e Televisão. ?AMERICAN IDOL? Dias atrás, as autoridades chinesas cancelaram - afirmando que era de "mau gosto" - um programa de televisão que buscava novos talentos musicais, utilizando o formato do americano American Idol. Desde o início do ano o departamento de censura está empenhado em erradicar a moda dos reality shows no país, que, para o organismo, promove a indecência e o mau gosto. Essa não é a primeira iniciativa do gënero. Em outras ocasiões o departamento proibiu, entre outros, programas que mostrassem amantes ou comportamentos "pouco civilizados", assim como programas de televenda que anunciassem produtos milagrosos. EFE

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.