China vive outro drama: a chuva

Enchentes matam 57, deixam 1,3 milhão de desabrigados, inundam plantações e causam prejuízos de US$ 1,5 bi

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Por Reuters , AP e Pequim
Atualização:

Depois do terremoto que deixou cerca de 70 mil mortos, em maio, agora são as chuvas que assolam o sul da China. Nos últimos dez dias, 57 pessoas morreram e cerca de 1,3 milhão ficaram desabrigadas. As enchentes devastaram fazendas, plantações e inundaram diversas cidades. Ao todo, nove províncias - incluindo Sichuan, devastada no terremoto - foram afetadas e o governo chinês calcula que o prejuízo direto seja de US$ 1,53 bilhão. De acordo com autoridades chinesas, as chuvas destruíram 8,6 mil quilômetros quadrados de fazendas, incluindo 900 quilômetros quadrados de plantações. Cerca de 45 mil casas desabaram e 141 mil tiveram algum tipo de problema em razão das tempestades. Apenas na Província de Guangdong, quase 6 milhões de pessoas foram de alguma maneira afetadas pelas chuvas em pelo menos 17 cidades da região. Muitas estradas foram atingidas por deslizamentos de terras que deixaram algumas áreas do país isoladas. A temporada de chuvas costuma provocar destruição todos os anos. Dessa vez, porém, a enchente no delta do Rio Pérola está sendo considerada a pior dos últimos 50 anos. A agência oficial Nova China informou que uma parte das barragens do Rio Xijiang está perto de se romper. O volume de água abriu uma rachadura de 40 metros na barragem de Dayaochong, na cidade de Changzhou. Centenas de pessoas foram chamadas para construir um dique temporário para resolver o problema, mas as chuvas fortes de ontem prejudicaram o trabalho. Segundo o Centro Meteorológico Nacional chinês, continuará a chover forte nas áreas afetadas e a precipitação nas províncias de Guizhou, Sichuan e Yunnan será de 30% a 80% maior do que no mesmo período do ano passado.

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