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Chinês Zhu Min desponta como possível vice-diretor do FMI

A nomeação de ex-vice-governador do Banco Popular da China, necessita da aprovação dos 24 países-membros da junta de direção

Por Efe
Atualização:

Se nomeação de Zhu Min for confirmada, será a primeira vez que um chinês ocupará um dos cinco cargos máximos do FMI

 

 

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PEQUIM - O ex-vice-governador do Banco Popular da China (o banco central do país) Zhu Min, que foi assessor especial do ex-diretor-gerente do FMI Dominique Strauss-Kahn, tem muita chance de ser nomeado vice-diretor-executivo da instituição, informou a imprensa chinesa nesta sexta-feira, 8.

 

A nomeação de Zhu necessita da aprovação dos 24 países-membros da junta de direção e, se for confirmada, será a primeira vez que um chinês ocupará um dos cinco cargos máximos do FMI, publicou na quinta-feira a página China.org.cn.

 

Pequim tinha dado "as boas-vindas" à designação da francesa Christine Lagarde como diretora-gerente do FMI e, segundo disse um porta-voz do Banco Popular da China, espera que continue sua reforma rumo a uma atitude ativa na estabilização econômica e financeira global.

 

Na sua visita a Pequim para buscar o apoio do governo chinês à sua candidatura, Lagarde elogiou Zhu.

 

"Respeito Zhu Min por ser muito qualificado e agrada muito a mim. É um conselheiro-chave e é justo que tenha um posto-chave", afirmou.

 

Na ocasião, a primeira mulher a dirigir o FMI chegara à China proveniente da Índia e tinha viajado antes ao Brasil, todos membros do Brics, grupo de países emergentes junto à Rússia e África do Sul, que desejam um papel mais relevante na instituição.

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Em sua primeira entrevista coletiva como diretora-gerente, em 6 de julho, Lagarde se comprometeu a conceder um maior papel às economias emergentes no FMI e chegou a dizer que estudava a criação de um novo posto de alto nível que seria ocupado por um candidato de um mercado emergente.

 

A nomeação de Zhu outorgaria à Ásia dois altos cargos no FMI - o Japão ocupa o outro -, além da presidência do máximo comitê assessor, recentemente ocupada pelo ministro das Finanças de Cingapura, Tharman Shanmugaratnam.

 

À revelia da diretora-gerente, os vice-diretores frequentemente presidem as discussões do painel sobre a concessão de empréstimos.

 

O segundo posto mais relevante do FMI ficará vago com a saída, no fim de agosto, do americano John Lipsky.

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