Chuvas dificultam operações de resgate nas Filipinas

Dados do governo local indicam que 1.345 continuam desaparecidos e 20 estão hospitalizados

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Por Agencia Estado
Atualização:

As chuvas voltaram a dificultar nesta quinta-feira os trabalhos de resgate no vilarejo rural filipino de Guinsaugon, sepultado por um deslizamento na última sexta-feira. Quinze corpos foram encontrados, o que eleva para 122 o número de mortos resgatados. Segundo dados do governo local, 1.345 pessoas permanecem desaparecidas, enquanto outras 20 estão hospitalizadas. Além disso, 3.150 moradores do povoado foram levados para seis centros de desabrigados. Joseph Chang, chefe da delegação de voluntários do Taiwan, disse que as chuvas impediram o deslocamento de alguns membros das equipes de salvamento a Guinsaugon, o lugarejo afetado, que faz parte do povoado de São Bernardo, situado por volta de 670 quilômetros ao sudeste de Manila, capital filipina. "As chuvas incessantes impedem nosso trabalho porque não podemos utilizar os materiais que podem detectar sinais de vida, tais como a respiração e batidas do coração", explicou Chang. Buscas prosseguem, apesar do pessimismo As operações de resgate foram retomadas depois que as autoridades locais, analistas e voluntários internacionais decidiram, ontem à noite, prosseguir com a busca de possíveis sobreviventes. "Apesar das opiniões pessimistas dos analistas, continuaremos os trabalhos de resgate", afirmou a governadora de Leyte, Rosette Lerias, após reunião realizada no centro de auxílio em São Bernardo. Os analistas e membros das equipes de salvamento admitiram, durante a reunião, que na quarta-feira não encontraram sinais de vida no local do acidente. "Devido à intensidade do deslizamento de terra, há menos possibilidade de encontrar sobreviventes com o passar do tempo", declarou Abdul Assis Ahmad, chefe da missão da Malásia. "Normalmente uma pessoa soterrada pode sobreviver durante nove ou dez dias, mas devido à chuva a terra se movimenta muito e não deixa bolsas de ar", explicou Assis.

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