Cientista acusa Ashcroft de ter destruído sua vida

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Por Agencia Estado
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O professor Steven Hatfill afirmou hoje que sua vida foi destruída pelo secretário da Justiça americano, John Ashcroft, e pelo FBI, por tê-lo vinculado à investigação sobre as cartas infectadas com antraz enviadas pelo correio no ano passado. Os envelopes infectados que circularam dias depois dos atentados de 11 de setembro causaram a morte de cinco pessoas e deixaram outras 19 enfermas nos EUA. Hatfill, especialista em armas biológicas, foi indicado pelo FBI como pessoa "de interesse" para a investigação. Seu apartamento, situado próximo à base do Exército em Fort Detrick, no estado de Maryland, foi invadido duas vezes por agentes. O cientista de 48 anos assumiu em julho último o cargo de professor do Centro de Pesquisas e Formação em Ciências Biomédicas da Universidade Estadual de Louisiana (LSU). Mas em 2 de agosto, quando seu nome foi vinculado às investigações do FBI, a faculdade deixou de utilizar seus serviços, embora tenha mantido seu salário. "A universidade não emite nenhum julgamento sobre a culpabilidade ou inocência do professor Hatfill com respeito às investigações do FBI", indicou o reitor da instituição de ensino, Mark Emmert, através de uma declaração. "Nosso interesse é manter a possibilidade de a universidade desenvolver seu papel e missão como centro de estudos estatal. Considerando este objetivo, chegou-se à conclusão de que a LSU quer terminar sua relação com Hatfill", acrescentou Emmert. Hatfill, por sua vez, depois de responsabilizar Ashcroft e o FBI por terem arruinado sua vida, acrescentou: "Não entendo por quê implicaram comigo". O FBI colocou o nome de Hatfill ao lado dos de outros 30 cientistas que sabem como lançar um ataque com antraz.

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