Cientista paquistanês acusado de vender segredos nucleares

PUBLICIDADE

Por Agencia Estado
Atualização:

O criador do programa de armas nucleares do Paquistão e um alto assessor tinham contatos no mercado negro que passaram tecnologia para o Irã e a Líbia. Ambos também foram incapazes de explicar a origem de fundos encontrados em suas contas bancárias, disseram representantes dos serviços de inteligência. Além disso, um ex-líder militar disse que o programa nuclear paquistanês dependia de fornecedores clandestinos, e que os cientistas podem ter compartilhado seus contatos. Estão sob suspeita Abdul Qadeer Khan, tido como herói nacional por ter dotado o Paquistão de armas atômicas, e Mohammed Faruk, ex-diretor-geral de uma importante instalação nuclear, disseram autoridades sob condição de anonimidade. Outra autoridade dos serviços de inteligência diz que Khan reconheceu ter contatos com negociantes do mercado negro, mas tanto Khan quanto Faruk negam ter lucrado ou participado da venda de tecnologia para Irã ou Líbia. Khan ?diz ser vítima de uma conspiração internacional?, disse a fonte. Críticos acusam o presidente Pervez Musharraf de se curvar sob pressão internacional, ao prender e interrogar os cientistas que deram armas nucleares ao mundo islâmico.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.