Cifra de mortos no Japão está em quase 7 mil

PUBLICIDADE

Por AP e Efe
Atualização:

As autoridades do Japão elevaram para 6.911 o número oficial de mortos e para 10.319 o de desaparecidos pelo terremoto e posterior tsunami do dia 11 no nordeste do país. As cifras levam em conta a última estimativa oficial divulgada ontem pela polícia japonesa. Teme-se que o número final de vítimas possa aumentar ainda mais em alguns municípios das províncias mais afetadas pela onda gigantes, como Iwate, Miyagi e Fukushima. Este foi o terremoto mais devastador em quase 90 anos no Japão, já que superou as mortes registradas no terremoto de 17 de janeiro de 1995 na cidade de Kobe (centro do Japão), que com 7,2 graus de magnitude tirou a vida de 6.400 pessoas. Até agora, o terremoto de Kobe era o mais grave da história recente no Japão, um país assentado em pleno Círculo de Fogo do Pacífico, que registra inúmeros tremores, apesar de a maioria não ter consequências graves graças às estritas normas de construção em vigor. O Círculo de Fogo do Pacífico está no entroncamento de três placas tectônicas, que tornam a crosta terrestre na região mais instável do que o normal. Na mesma zona tectônica, um tremor na costa da Indonésia, em 2004, seguido de um tsunami, deixou pelo menos 200 mil mortos. Anteriormente, em 1.º de setembro de 1923, o chamado "terremoto de Kanto", que ocorreu na região de Tóquio quando a maioria das casas era de madeira, já havia causado 140 mil mortes. Cerca de 90 mil militares e membros de equipes de resgate japoneses, ajudados por voluntários estrangeiros, vasculham a região devastada em busca de sobreviventes presos sob os escombros ou arrastados mar adentro pela onda gigante de dez metros de altura. Aos poucos as infraestruturas de transporte estão sendo restabelecidas, o que facilita as operações de resgate e a assistência às 380 mil pessoas que permanecem nos 2.200 abrigos.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.