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Cinco anos após golpe, Chávez vê nova ameaça dos EUA

Presidente venezuelano esteve fora do poder por 48 horas em 2002, e acusou EUA

Por Agencia Estado
Atualização:

Depois de sobreviver a um breve golpe de Estado há cinco anos, o presidente Hugo Chávez culpou nesta quinta-feira, 12, o governo dos Estados Unidos por arquitetar o plano para tirá-lo do poder em 2002, e acusou Washington de planejar uma nova conspiração para depô-lo. A administração do presidente americano, George W. Bush, repetidamente negou o envolvimento no caso, mas reconheceu imediatamente um presidente interino que assumiu o poder após a tentativa de golpe. No entanto, Chávez retornou ao poder em menos de 48 horas e acusou os EUA de armação. "Nós conhecemos nosso inimigo: o império norte-americano", disse Chávez, durante discurso no fim da última quarta-feira. O presidente venezuelano disse que as críticas americana contra seu governo mostram que Washington quer "esquentar a situação" e "iniciar conspirações com a oposição". No entanto, os americanos negam as afirmações dizendo que apenas estão preocupados com a democracia e com a influência negativa do governo venezuelano na América Latina. Durante sua declaração, Chávez disse que o golpe de 2002 na Venezuela e a invasão americana ao Iraque estão relacionadas e deu como motivo o desejo dos Estados Unidos em assumir reservas petrolíferas. Para marcar o aniversário do golpe, militares apareceram na televisão contando como eles se organizaram para conter os rebeldes. Enquanto isso, dois juízes relembraram como foi julgada a sentença de quem participou contra o governo, inclusive citando o exílio de Pedro Carmona, que havia assumido a Presidência durante o golpe.

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