O líder opositor venezuelano Leopoldo López está refugiado na casa do embaixador espanhol Jesús Silva, em Caracas, desde o dia 30 de abril. Relembre os casos mais famosos de refúgios em embaixadas, no Brasil, na América Latina e no Oriente Médio.
Pedro Carmona na embaixada colombiana em Caracas
Líder do golpe de Estado fracassado contra o então presidente venezuelano, Hugo Chávez, em 2002, o empresário Pedro Carmona refugiou-se na embaixada colombiana em Caracas quando o presidente conseguiu retomar o poder. Carmona recebeu um salvo-conduto para deixar a representação diplomática. Ele foi para a Colômbia, onde vive até hoje.
Manuel Zelaya na embaixada brasileira em Honduras
Derrubado da presidência de Honduras em 2009, quando foi expulso do país, Zelaya retornou escondido para o território hondurenho e abrigou-se na embaixada brasileira em Tegucigalpa por quatro meses. Ele deixou o local após ser beneficiado com uma lei de anistia e receber um salvo-conduto do novo presidente, Pepe Lobo.
Roger Pinto Molina na embaixada brasileira em La Paz
Senador boliviano de oposição a Evo Morales refugiou-se na embaixada brasileira em La Paz em 2013 alegando perseguição. Com Evo negando-se a conceder-lhe um salvo conduto, Pinto viveu mais de um ano na embaixada, até que, com auxílio do diplomata Eduardo Saboia, que o levou no porta-malas de um carro até Corumbá. O senador viveu no Brasil até morrer num acidente aéreo em Goiás em 2017.
Julian Assange na embaixada equatoriana em Londres
Um dos casos mais conhecidos de refúgio em embaixadas, o fundador do WikiLeaks abrigou-se na embaixada equatoriana em Londres em 2012, alegando perseguição do governo americano por divulgar documentos secretos da CIA. Ele viveu no prédio até este ano, quando o Equador revogou seu asilo diplomático. A polícia britânica entrou na embaixada e prendeu Assange.
Diplomatas americanos na crise dos reféns no Irã
Ao menos seis diplomatas americanos que escaparam da invasão da embaixada americana em Teerã em 1979 buscaram refúgio na casa do diplomata canadense John Sheardown. Em uma operação coordenada entre os canadenses e a CIA, eles obtiveram passaportes canadenses para deixar o Irã, com auxílio de agentes do serviço secreto que fingiam que filmavam um filme no país. A história é retratada no filme Argo.