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Cingapura gastou US$ 12 milhões com cúpula entre Trump e Kim

Gasto teria sido com segurança e hotel para líder norte-coreano e delegação; população reclama, mas especialista diz que publicidade cobrirá dez vezes o custo

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Por Redação
Atualização:

CINGAPURA - O governo de Cingapura revelou ontem que gastou US$ 12 milhões na cúpula entre o presidente dos EUA, Donald Trump, e o líder norte-coreano, Kim Jong-un, bem menos do que o valor noticiado pela mídia, que irritou os moradores locais.

Presidente Donald Trump dá tapinhas no ombro do líder Kim Jong-un, durante momento de assinatura da declaração conjunta entre EUA e Coreia do Norte. Foto: REUTERS/Jonathan Ernst

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A maior parte do dinheiro foi gasta em segurança, informou o Ministério de Relações Exteriores, sem dar mais detalhes. O premiê Lee Hsien Loong havia estimado os gastos em US$ 15 milhões. O chanceler de Cingapura disse que esses gastos incluiriam o pagamento de hotel de Kim Jong-un e sua delegação. 

A notícia enfureceu alguns cingapurianos, que fizeram duras críticas nas mídias sociais, apesar de um comentarista dizer que era um pequeno preço a pagar – um prato de arroz com frango para cada cidadão – para contribuir com a paz regional. Especialistas em marketing disseram que a publicidade criada pode trazer um lucro dez vezes superior aos gastos para o pequeno país do Sudeste Asiático.

Trump e Kim passaram três dias em Cingapura, cada um, para a cúpula do dia 12, onde os dois líderes prometeram trabalhar para melhorar as relações e obter a desnuclearização da Península Coreana. 

O grupo de combate à proliferação nuclear Campanha Internacional para Abolir as Armas Nucleares (Ican, em inglês), Prêmio Nobel da Paz em 2017, havia se oferecido para pagar os custos da cúpula entre Kim e Trump, após a notícia de que a Coreia do Norte teria problemas para pagar os gastos. / REUTERS

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