Cinzas de vulcão voltam a atingir Porto Alegre e Florianópolis

Voos com origem e destino na Argentina e no Uruguai continuam cancelados devido à nuvem.

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Por BBC Brasil
Atualização:

A nuvem de cinzas do vulcão Puyehue, no Chile, voltou a atingir na manhã desta terça-feira as cidades de Porto Alegre (RS) e Florianópolis (SC), segundo boletim do Volcanic Ash Advisory Centres da Argentina, citado pela Força Aérea Brasileira (FAB). Segundo o gerente nacional de fluxo de tráfego aéreo, major Ricardo Brito, as nuvens encobrem entre 60% e 70% do Rio Grande do Sul e cerca de 40% de Santa Catarina. Segundo nota da FAB, o instituto argentino - responsável por monitorar as cinzas vulcânicas no Cone Sul - aponta que a nuvem está a 3 mil metros de altitude, a caminho da cidade de Navegantes (SC), se forem mantidas as condições atmosféricas. As companhias Gol e TAM informam que seus voos programados com origem e destino nas cidades de Buenos Aires (Argentina) e Montevidéu (Uruguai) continuam cancelados. Já a Gol também suspendeu seus voos de e para a cidade argentina de Rosário. A FAB afirma que não há previsão sobre o fechamento de aeroportos em cidades brasileiras. Segundo a Força Aérea, o aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, tem o maior número de voos cancelados para destinos no Cone Sul da América do Sul. Na manhã desta terça-feira, as cinzas também provocaram o cancelamento de voos na Austrália e na Nova Zelândia. Ban Ki-moon Nessa segunda-feira, o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, teve de fazer uma viagem de nove horas em ônibus comercial entre as cidades argentinas de Córdoba e Buenos Aires, depois que seu voo foi desviado por causa das cinzas do vulcão chileno. O avião de Ban decolou de Bogotá, na Colômbia, com destino à capital argentina, mas teve de ser desviado para Córdoba depois que a nuvem vulcânica fechou o aeroporto de Buenos Aires. De Córdoba, a 700 quilômetros da capital, ele e sua comitiva embarcaram em um ônibus comercial para uma viagem de nove horas, segundo confirmou um assessor da ONU à BBC Brasil. Mais tarde, ao ser recepcionado pela presidente da Argentina, Cristina Kirchner, ele ouviu pedidos de desculpas pelo transtorno aéreo provocado pelos resíduos vulcânicos. "São questões do clima, impossíveis de controlar. E contra essa questão não podemos (agir) nem mesmo com um decreto", disse a presidente. Ban afirmou que foi uma experiência "singular", da qual ele não se arrependeu. BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.