
22 de abril de 2009 | 09h18
Anteriormente, o governo qualificou a área como uma "zona de trégua", para proteger os civis. Porém, depois disso as tropas invadiram a região e capturaram trechos dela na segunda-feira e ontem. Pelo menos 43 rebeldes morreram nos confrontos, segundo o porta-voz brigadeiro Udaya Nanayakkara. Segundo o porta-voz, atualmente os rebeldes controlam apenas 8 quilômetros ao longo da costa nordeste do país. Dois oficiais rebeldes se entregaram, junto com suas tropas, afirmou o brigadeiro.
O até então porta-voz dos rebeldes, conhecido como Daya Master, e um intérprete do braço político dos insurgentes, conhecido apenas como George, se entregaram ao Exército. Ambos tinham papeis importantes no trato com a imprensa e nos contatos com diplomatas estrangeiros, durante o processo de paz mediado pela Noruega, agora esquecido. Nanayakkara disse que o antigo porta-voz é o mais alto rebelde a se render até agora. Mas ele afirmou que os outros membros do LTTE ainda resistem ao Exército. Segundo o porta-voz, não houve baixas entre os militares.
A ONU estima que mais de 4.500 civis morreram nos últimos três meses. Ontem, os rebeldes acusaram o governo de matar mil civis, em sua última ofensiva, o que o Exército nega. No passado, grupos humanitários afirmaram que as tropas atacaram a área densamente povoada. Não é possível obter relatos independentes da área de combate, porque os jornalistas são barrados da zona de conflitos.
O governo emitiu um ultimato de 24 horas para os rebeldes, expirado ontem, sem resposta do LTTE. Grupos de direitos humanos acusam os rebeldes de manterem civis para usá-los como escudo humano. O grupo nega reter os civis. O LTTE luta desde 1983 para criar um território independente para a minoria tâmil, que enfrenta décadas de marginalização por sucessivos governos controlados por cingaleses étnicos. Mais de 70 mil pessoas morreram nesses confrontos.
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