Clérigos muçulmanos devem ajudar a separar religião do extremismo, diz Merkel

Merkel defendeu fortemente, nesta quinta-feira, que os alemães não deixem seus compatriotas muçulmanos cair no ostracismo

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Atualização:
Chanceler Angele Merkel fala ao Parlamento nesta quinta-feira, 15, sobre ataques em Paris Foto: Maurizio Gambarini / EFE

BERLIM - A chanceler Angela Merkel defendeu fortemente, nesta quinta-feira, que os alemães não deixem seus compatriotas muçulmanos cair no ostracismo. No entanto, ela também afirmou que é urgente que os clérigos muçulmanos tracem uma linha clara separando a religião do terrorismo.

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"Nós não deixaremos nos dividir por aqueles que, confrontados ao extremismo islâmico, colocam todos os muçulmanos alemães sob desconfiança", afirmou a Merkel aos parlamentares do Bundestag. "Como chanceler, eu vou defender os muçulmanos deste país contra essas ameaças", disse.

Merkel, entretanto, reconheceu que existe um certo mal estar com o islã. "A maioria das pessoas na Alemanha não são inimigas do islã, mas estão incertas quanto ao que pensam, talvez mesmo perplexas", disse ela. "Acredito que é importante e urgente que essas questões sejam esclarecidas pelo clero muçulmano." 

A Alemanha enfrenta manifestações semanais contra a imigração muçulmana em Dresden, organizadas por um grupo que se autodenomina Europeus Patrióticos Contra a Islamização do Ocidente (Pegida, na sigla em inglês). A última manifestação, feita na segunda-feira, juntou cerca de 40 mil pessoas.

/ AP

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