Clinton teria falado sobre sul-coreanos presos e japoneses sequestrados

PUBLICIDADE

Por AP e SEUL
Atualização:

Aos poucos começam a ser reveladas as questões que o ex-presidente do EUA Bill Clinton conversou com o líder norte-coreano, Kim Jong-il, além de negociar a libertação das duas jornalistas americanas que haviam sido condenadas a 12 anos de trabalhos forçados. Ontem, funcionários do Japão e da Coreia do Sul revelaram que Clinton pediu à Coreia do Norte que libertasse os sul-coreanos presos e avançasse na questão dos japoneses sequestrados. O regime de Pyongyang vem mantendo preso desde março um sul-coreano que trabalhava no complexo industrial de Kaesung por supostamente ter criticado o regime comunista. Na semana passada, a Coreia do Norte apreendeu um pesqueiro com quatro pescadores sul-coreanos após eles entrarem acidentalmente em águas norte-coreanas. O porta-voz da chancelaria sul-coreana, Moon Tae-young, disse não ter informações sobre a reação de Pyongyang. Em 2002, a Coreia do Norte admitiu ter sequestrado 13 japoneses, nos anos 70 e 80, que foram usados para treinar espiões. Pyongyang permitiu que cinco japoneses voltassem ao Japão. Mas disse que os outros oito tinham morrido. No entanto, o governo japonês pediu uma ampla investigação. Em Washington, o porta-voz do Departamento de Estado Robert Wood não confirmou se Clinton conversou com Kim sobre os casos dos japoneses e dos sul-coreanos. Ele insistiu que a visita de Clinton à Coreia do Norte foi privada, uma missão humanitária, indicando que ele também não discutiu sobre o programa nuclear norte-coreano. Ainda ontem, o porta-voz da Casa Branca, Robert Gibbs, declarou que a política do governo Barack Obama para a Coreia do Norte não foi alterada, apesar da libertação das jornalistas.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.