CNA se reúne para definir saída de Zuma do cargo na África do Sul

Discussão sobre a saída prematura de Zuma, cujo mandato termina em 2019, começou depois de vários escândalos de corrupção terem atingido o presidente

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PRETÓRIA - O Congresso Nacional Africano (CNA), se reuniu nesta segunda-feira, 12, para debater a saída do presidente da África do Sul, Jacob Zuma, do cargo. O novo líder do partido, Cyril Ramaphosa, favorito para substituí-lo, prometeu uma decisão hoje para hoje. A cúpula do CNA estão a portas fechadas em um hotel de Pretória, desde as 14h (horário local, 10h de Brasília), com o futuro do presidente como principal tema sobre a mesa.

+ Rival de Zuma é eleito novo líder do CNA na África do Sul A discussão sobre a saída prematura de Zuma, cujo mandato termina em 2019, começou depois de vários escândalos de corrupção terem atingido o presidente. "Aqueles que são corruptos, que roubam os pobres, serão levados perante a Justiça", afirmou Ramaphosa no domingo, no ato de lançamento do centenário do ex-presidente Nelson Mandela, o que foi entendido como uma referência direta às negociações que teve com o chefe de Estado.

Mais de 70% da população pede que Jacob Zuma deixe a presidência da África do Sul. Desde que assumiu o poder, em 2009, a moeda perdeu um terço de seu valor e o desemprego atinge 27% Foto: REUTERS|Siphiwe Sibeko|File Photo

Zuma é alvo de várias acusações, incluindo quase 800 por corrupção relativa a contratos de armas do final dos anos 1990 ou às investigações por ter usado o Estado para favorecer empresários vinculados com concessões públicas milionárias. A cúpula do CNA, liderada desde dezembro passado por Ramaphosa, tenta uma renúncia voluntária do presidente para livrar-se da sua má imagem sem pôr em perigo a unidade do movimento. As regras internas da legenda estabelecem que todos os membros do partido, incluindo os cargos eleitos, devem submeter-se à vontade desta; no entanto, se Zuma se negar a deixar seu cargo, a única via possível seria uma moção de censura parlamentar. Após ter superado sete dessas anteriormente, o presidente enfrentará - se não renunciar antes - no próximo dia 22 uma nova moção de censura parlamentar, solicitada por um partido da oposição. / EFE

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