PUBLICIDADE

Coalização liderada pela Arábia Saudita ataca rebeldes na capital do Iêmen

Entre os alvos dos bombardeios estava uma casa de propriedade do presidente deposto

Atualização:

BEIRUTE - A coalizão militar liderada pela Arábia Saudita lançou nesta terça-feira intensos bombardeios contra rebeldes do grupo xiita Houthi na capital do Iêmen, Sanaa. Os ataques aéreos foram os mais violentos desde o fim do cessar-fogo no domingo. O bombardeio teve início logo depois da zero hora de hoje (hora local), com ataques que atingiram rebeldes concentrados em montanhas próximas a Sanaa, onde tanques, mísseis e artilharia eram mantidos. No fim do dia, uma nova onda de ataques atingiu montanhas localizadas perto da capital. Dezenas de famílias que moram próximas à área dos bombardeios fugiram com seus pertences para lugares mais seguros. Redutos dos rebeldes houthis foram atingidos no norte do Iêmen e também na cidade de Taiz, oeste, na cidade sulista de Áden, e na Província de Marib, leste. Entre os alvos dos bombardeios estava uma casa de propriedade do presidente deposto Ali Abdullah Saleh, nos subúrbios de Sanaa. O paradeiro de Saleh ainda é desconhecido, embora os aliados do ex-chefe de Estado tenham se juntado com os rebeldes houthis, que querem derrubar o presidente Abd Rabbu Mansur Hadi. A união dos defensores de Saleh com os rebeldes abriu caminho para que tomassem a capital do Iêmen, em setembro, e impulsionou sua capacidade de avançar em direção à cidades mais ao sul do país, em um esforço para aumentar seus ganhos territoriais. Por medo de novos ataques, moradores da vizinhança da casa de Saleh fugiram para regiões menos vulneráveis a bombardeios, já que a maior parte das propriedades do presidente foram ocupadas por líderes dos houthis. Em resposta aos ataques recentes, os houthis bombardearam a região de Najran, fronteiriça com a Arábia Saudita. Nessa mesma região também foram noticiados confrontos entre rebeldes houthis e tribos que teriam sido armadas pelos sauditas. O conflito no Iêmen já matou cerca de 1.820 pessoas e feriu outras 7.330 desde 19 de março, segundo estimativas das Nações Unidas. De acordo com o mesmo levantamento, meio milhão de pessoas ficaram desabrigadas em razão do conflito. / AP

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.