PUBLICIDADE

Coalizão curda toma distrito de Raqqa do Estado Islâmico

Tropas das Forças Democráticas da Síria lançaram a ofensiva contra Al-Qadisia após três dias de confrontos

Atualização:

RAQQA, SÍRIA - Milícias curdas e árabes apoiadas pelos Estados Unidos tomaram ontem um distrito de Raqqa, a capital do Estado Islâmico na Síria, em um importante avanço na campanha pela retomada da cidade. Tropas das Forças Democráticas da Síria lançaram a ofensiva contra o distrito de Al-Qadisia no começo da manhã após três dias de intensos confrontos no oeste da cidade. 

A ofensiva para retomar o norte da Síria começou em 2016, depois de o Estado Islâmico controlar o local por um ano e meio e declará-lo um califado islâmico. O Exército sírio, com apoio russo e leal a Bashar Assad, também tem avançado contra a região. 

Durante o apogeu do califado autoproclamado pelo EI nos territórios que controlava na Síria e no Iraque, a comunicação do grupo estava centralizada e sob controle dos poderosos chefes. Agora, está descentralizada e mais rápida Foto: REUTERS

PUBLICIDADE

A Força Aérea americana tem apoiado o avanço das milícias curdas com ataques de artilharia e ataques aéreos dirigidos contra líderes do Estado Islâmico. Neste mês, os mísseis americanos mataram o clérigo Turki Binali, uma das mais importantes autoridades religiosas do EI. Na semana passada, foi a vez de Fawaz al-Rawi, tido como um importante financiador do grupo terrorista. 

Grupos de defesa dos direitos humanos que monitoram a guerra civil na Síria alertam, no entanto, que a ofensiva tem deixado inúmeras baixas entre a população civil, que sofre há seis anos com o conflito. 

Segundo o Observatório Sírio de Direitos Humanos, grupo com base em Londres que contabiliza as vítimas do conflito sírio, ao menos 700 civis morreram em Raqqa desde o começo do ano.A coalizão liderada pelos Estados Unidos diz que trabalha para evitar baixas civis e investiga denúncias de ataques contra a população. 

No Iraque, uma coalizão de milícias curdas e árabes apoiadas também pelos Estados Unidos tenta libertar a cidade de Mossul do controle do Estado Islâmico. Com isso, o grupo perderia suas duas principais conquistas na região. / AP

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.