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"Coalizão dos dispostos" mostra-se instável

Por Agencia Estado
Atualização:

Conforme a campanha liderada pelos EUA encontra mais resistência do que o previsto e as baixas se acumulam para além do esperado, surgem sinais de que alguns dos países que integram a ?coalizão dos dispostos? do presidente George W. Bush começam a dar sinais de indisposição. O ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, por exemplo, teria negado a alegação de Bush, de que a ex-república soviética enviaria um destacamento de combate a armas químicas ao Iraque. O ministro Anatoliy Zlenko descartou a possibilidade de que a força de 532 homens, que continua a ser enviada para o Kuwait, viria a servir em solo iraquiano, informa uma agência de notícias ucraniana. ?Não se pode falar em (mandar a tropa para) outros países?, Zlenko teria dito, em resposta a um discurso feito por Bush na quarta-feira, que citava os ucranianos como parte de um grupo de militares de diversos países que estão ?preparados a responder no caso de um ataque com armas de destruição em massa em qualquer parte da região (de conflito)?. A República Checa, irritada por ter sido incluída na lista de membros da coalizão, insiste que não é um membro, mesmo depois de o governo ter enviado 400 especialistas em armas químicas ao Kuwait. Usar a força para impor a democracia no Iraque, disse o presidente Vaclav Klaus, é uma idéia ?de outro universo?. Os holandeses, que têm 350 homens da Força Aérea e três sistemas de defesa antimíssil na fronteira da Turquia com o Iraque, reafirmaram que não pretendem se envolver em operações de combate. Embora a Holanda tenha se comprometido a analisar novos pedidos de ajuda dos EUA numa base caso-a-caso, o país se inclui entre aqueles que traçaram o limite de sua cooperação no pedido americano de que diplomatas iraquianos fossem expulsos. Austrália, Grã-Bretanha, República Checa, Hungria, Itália , Jordânia, Filipinas, Romênia e os EUA são os únicos membros da coalizão que chegaram a expulsar esses enviados. Mesmo o primeiro-ministro da Bulgária, Simeon Saxcoburggotski, um dos mais estridentes apoiadores de Bush e que enviou 100 soldados, não-combatentes, ao Golfo, disse não haver base legal para a deportação do pessoal diplomático. Veja o especial :

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