PARIS - Os protestos dos chamados "coletes amarelos" foram retomados neste sábado, 12, em Paris, e terminaram com a prisão de pelo menos 200 pessoas, segundo as autoridades. Os manifestantes gritaram palavras de ordem contra o presidente Emmanuel Macron e pediram auxílio aos mais pobres, muito atingidos pela pandemia do novo coronavírus.
Desde as primeiras horas das manifestações em Paris, o departamento de polícia divulgou a quantidade de detidos e mostrou imagens de objetos apreendidos e pessoas sendo abordadas. Em algumas, que foram exibidas por emissoras de televisão francesas, manifestantes aparecem incendiando lixeiras e erguendo barricadas diante da polícia, que respondeu com bombas de gás lacrimogêneo. Além de Paris, diversas capitais de províncias da França tiveram protestos dos "coletes amarelos". Lideranças de esquerda, como Jean-Luc Mélenchon e Fabien Roussel, apoiaram os atos. Na convocação dos protestos, o organizador, Jérôme Rodrigues, pediu que as pessoas voltassem às ruas para denunciar as "injustiças sociais e fiscais" que, segundo ele, aumentaram no país durante a pandemia.
O movimento dos "coletes amarelos" começou em 2018 e, inicialmente, tinha como alvo um aumento no imposto dos combustíveis. Depois, as manifestações passaram a ter outras demandasm, que iam desde o pedido de mais empregos até a proteção. pelo governo, dos mais pobres. / AP e EFE