'Coletes amarelos' vão às ruas de Paris contra doações para Notre-Dame e denunciam desamparo

No 23º fim de semana seguido com protestos teve mais de 200 detidos; grupo expressou tristeza pelo incêndio no monumento, mas criticou a quantia de doações para a Catedral enquanto outras demandas permanecem não atendidas

PUBLICIDADE

Foto do author Redação
Por Redação
Atualização:

PARIS - Os manifestantes franceses conhecidos como "coletes amarelos" estão marchando novamente neste sábado para lembrar ao governo que a reconstrução da Catedral de Notre-Dame, devastada pelo fogo na última segunda-feira, 15, não é o único problema que o país precisa resolver.

Houve tensão entre manifestantes e polícia, que tentou conter a multidão com gás lacrimogênio. De acordo com a polícia parisiense, mais de 200 pessoas foram presas e pelo menos 20 mil revistadas preventivamente. Bombeiros precisaram agir para conter chamas em barricadas, um carro, galhos e outros objetos.

Manifestantes dos 'Coletes amarelos' marcham em Paris, com a Catedral de Notre-Dame ao fundo. Foto: Julien de Rosa/EFE/EPA

Vários protestos ocorrem em Paris e outras cidades, completando o vigésimo terceiro fim de semana do movimento contra a desigualdade e a liderança do presidente Emmanuel Macron

Muitos manifestantes ficaram profundamente entristecidos pelo incêndio no monumento nacional. Ainda assim, muitos estão zangados com os US$ 1 bilhão em doações para a reconstrução de Notre-Dame Foto: Zakaria ABDELKAFI / AFP

PUBLICIDADE

Um grupo quer marchar sobre o palácio presidencial apesar da presença policial maior do que o habitual. Outro objetivo é mostrar o luto dos "coletes amarelos" sobre o incêndio de Notre-Dame, mantendo a pressão sobre Macron.

Muitos manifestantes ficaram profundamente entristecidos pelo incêndio no monumento nacional. Ainda assim, muitos estão zangados com os US$ 1 bilhão em doações para a reconstrução de Notre-Dame, despejados de magnatas franceses, enquanto suas próprias demandas permanecem em grande parte não atendidas e eles lutam para sobreviver. Fonte: Associated Press.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.