Colômbia admite participação de americanos em ação militar

Segundo o ministro da Defesa, Juan Manuel Santos, a operação, que ocorreu em janeiro, buscava informações sobre seqüestrados

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Por Agencia Estado
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O Governo da Colômbia afirmou na quarta-feira, 28, que é "perfeitamente normal" que militares americanos participem de operações conjuntas com soldados colombianos. A participação "não tem nada de irregular nem anormal, segundo os termos de cooperação", disse à imprensa em Bogotá o ministro da Defesa, Juan Manuel Santos. Ele respondeu a recentes denúncias jornalísticas baseadas em depoimentos de camponeses do departamento de Caquetá, no sul do país, que disseram ter visto, dia 21 de janeiro, três americanos comandando uma operação. A batida foi realizada numa região com forte presença das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), onde a guerrilha seqüestrou, há três anos, três americanos. Segundo os aldeões, os militares americanos chegaram a revistar algumas casas. Os três estrangeiros fazem parte de um grupo de 57 reféns que as Farc pretendem trocar com o Governo por mais de 500 insurgentes presos, dois deles extraditados aos Estados Unidos. Santos admitiu que na operação havia pessoal americano. Mas garantiu que o comando era de colombianos. A operação "buscava supostos informantes que forneceriam informação sobre seqüestrados", explicou Santos. Os americanos cativos pelas Farc são Keith Stansell, Thomas Howes e Marc Gonçalves. Eles estão nas mãos dos rebeldes desde 13 de fevereiro de 2003. Os três trabalhavam para o Departamento de Estado dos EUA, em tarefas ligadas ao Plano Colômbia.

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