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Colômbia assina acordo para uso de bases militares pelos EUA

Chanceler colombiano reiterou que entendimento não ameaça vizinhos.

Por BBC Brasil
Atualização:

Os Estados Unidos e a Colômbia anunciaram nesta sexta-feira que assinaram o acordo que dá a tropas americanas acesso a sete bases colombianas. O ministro colombiano do Exterior, Jaime Bermúdez, disse que o conteúdo do entendimento será divulgado na semana que vem. As negociações do acordo, em agosto, causaram mal-estar entre os vizinhos da Colômbia, como Brasil, Equador e Venezuela, temerosos quanto ao aumento da presença militar americana em suas fronteiras. O presidente da Colômbia, Álvaro Uribe, teve de acionar sua diplomacia e dar ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva sua "palavra" de que o uso de bases militares pelos americanos se limitará ao território colombiano. "Que fique claro: o que este acordo busca é acabar com o narcotráfico e o terrorismo na Colômbia. Os países vizinhos e toda a região podem ficar tranquilos", declarou nesta sexta-feira o Bermúdez em entrevista à rádio colombiana RCN. Em nota à imprensa, a chancelaria colombiana garantiu que as operações americanas se darão "com base nos princípios de respeito total da igualdade soberana, integridade territorial e não-intervenção nos assuntos internos dos outros Estados". Um dos maiores críticos da negociação colombiana com os Estados Unidos foi o presidente venezuelano, Hugo Chávez. Em agosto, o líder da Venezuela taxou o acordo de "ameaça" à integração regional, e disse que, com a aproximação, os Estados Unidos desejam manter os olhos sobre a Amazônia brasileira, o petróleo venezuelano e o Aquífero Guarani, no Cone Sul, considerado a maior reserva de água doce do mundo. BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.

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