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Colômbia autoriza desconfinamento em 90 municípios sem casos de covid-19

Grandes eventos e reabertura de restaurantes e academias de ginástica continuam proibidos em todo o país

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Por Redação
Atualização:

BOGOTÁ - O governo da Colômbia autorizou nesta quarta-feira, 13, o desconfinamento em 90 municípios e povoados que não apresentaram casos do novo coronavírus na tentativa de reativar a economia, afetada pela queda dos preços do petróleo e a suspensão das atividades. 

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"Dos 150 municípios que solicitaram a suspensão do isolamento preventivo obrigatório para dinamizar sua economia, outorgamos 90 autorizações dentro destes municípios", disse a ministra do Interior, Alicia Arango, em um programa oficial de televisão. 

Nestas localidades, no entanto, não será permitido celebrar eventos maciços, nem abrir restaurantes, academias de ginástica ou parquinhos para crianças, acrescentou Arango. Caso seja detectado algum caso de covid-19, as cidades terão que voltar ao isolamento obrigatório, em vigor desde 25 de março até 25 de maio. 

Capital da Colômbia, Bogotá concentra o maior número de casos de coronavírus do país Foto: Luisa Gonzales/Reuters

Com 500 mortes e 12.900 contágios detectados desde 6 de março, a Colômbia avaliava a reativação das atividades econômicas em algumas regiões diante da concentração do vírus em zonas específicas de seu território, com maior foco na capital, Bogotá. 

O presidente Iván Duque disse que não foram reportados contágios em mais de 800 dos 1.103 municípios do país, que tem 48 milhões de habitantes.

Duque afirmou nesta quarta-feira que se desejarem, as outras localidades sem infecções registradas podem pedir a autorização para suspensão da ordem de isolamento obrigatório desde que cumpram com um "estrito apego a protocolos de saúde".

"Isto não é obrigatório. É atribuição dos prefeitos e cidadãos se consideram que é necessário abrir sua economia para compeçar a dinamizá-la", afirmou Arango, por sua vez.

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O governo conservador de Duque prevê para 2020 um dos piores desempenhos econômicos da história pela queda dos preços do petróleo e a suspensão das atividades devido às medidas restritivas para conter a pandemia.

Com um desemprego urbano de 13,4% e uma informalidade de 47%, a quarta economia da América Latina pediu ao Fundo Monetário Internacional (FMI) a renovação de um crédito de 11 bilhões de dólares para responder à emergência sanitária. 

Para enfrentar a pandemia, o governo lançou um plano que beira os 15 bilhões de dólares, que inclui créditos,e subsídios aos mais pobres e recursos ao sistema de saúde. /AFP

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