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Colômbia e Brasil vão discutir crise do coronavírus na fronteira amazônica

Amazonas colombiano é o Estado com maior taxa de infecção por número de habitantes do país; primeiros casos detectados na capital foram importados do Brasil

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Por Redação
Atualização:

BOGOTÁ - Autoridades da Colômbia e do Brasil vão discutir na sexta-feira a crise na fronteira amazônica, atingida pela pandemia do novo coronavírus, disse nesta quinta-feira, 14, o presidente colombiano, Iván Duque

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"Estamos em uma situação que pode se tornar crítica, dadas as diferenças que temos na abordagem do ponto de vista do controle epidemiológico, como é o caso do Brasil", afirmou o presidente colombiano em um programa oficial de televisão. 

Duque assegurou que participarão da reunião os chanceleres e os ministros da Defesa e da Saúde dos dois países, que buscarão afinar "políticas na região fronteiriça". 

Exército colombiano monta guarda em Letícia, na fronteira amazônica Foto: Colombian army/AFP

"Acho que isto será extremamente importante", acrescentou o presidente, sem informar o meio que os funcionários vão usar para se comunicar.

O Amazonas colombiano é o departamento (estado) com maior taxa de infecção por número de habitantes do país.

Os primeiros casos detectados em Letícia, a capital do departamento, foram importados do Brasil, onde o presidente Jair Bolsonaro tem minimizado a gravidade da doença e contesta as medidas de confinamento.

O Brasil é o epicentro da pandemia do novo coronavírus na América Latina.

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Autoridades de controle e médicos têm denunciado a precariedade do sistema de saúde em Letícia, onde vivem mais de 76 mil pessoas, que dispõem de um único hospital público. 

Duque ordenou nesta quinta-feira o fechamento total de Letícia - exceto para atividades básicas, como saúde e abastecimento - até 30 de maio para tentar controlar o surto, que nesta localidade pobre e de maioria indígena, já deixou 30 mortos e 924 contagiados.

A Colômbia, com 525 falecidos e 13.600 infectados, mantém a maioria de sua população confinada desde 24 de março, duas semanas depois de o primeiro caso ter sido detectado. A ordem de confinamento vigorará, a princípio, até 25 de maio.

O governo colombiano determinou na terça-feira o aumento da presença militar para controlar as porosas fronteiras com o Brasil e o Peru na Amazônia. /AFP

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