Colômbia: Militares mataram policiais a mando do narcotráfico

Entre os acusados estão um coronel e um tenente

PUBLICIDADE

Por Agencia Estado
Atualização:

Oito militares, entre eles um coronel e um tenente, foram detidos nesta quinta-feira pelo assassinato de 10 investigadores de uma equipe de elite da polícia antinarcóticos da Colômbia. Segundo a Promotoria Geral, os militares cometeram o massacre a serviço dos narcotraficantes. As prisões foram preventivas para evitar que os acusados atrapalhem as investigações. "Não vamos permitir que obstruam a Justiça e que joguem na lama a honra e o bom nome da força pública colombiana", disse o promotor-geral Mario Iguarán. Os oito militares pertenciam à Terceira Brigada do Exército. Embora um comunicado da promotoria afirme que eles foram capturados, os militares permaneciam concentrados em um quartel militar. O presidente Alvaro Uribe, falando em uma cerimônia militar, afirmou que apoiava a decisão da promotoria de deter os militares. A matança ocorreu em 22 de maio numa área próxima à cidade de Jamundi, 195 quilômetros a sudoeste de Bogotá. Até agora, nenhum comandante militar foi destituído pelo caso. De acordo com Iguarán, ficou determinado através de uma investigação científica - que traçou um mapa balístico na cena e interceptou comunicações de militares - que a aniquilação da equipe policial "não se tratou de um erro, mas, sim, de um crime". Entre os detidos figura o comandante do Terceiro Batalhão, coronel Byron Carvajal, que aparentemente não teve participação direta no massacre. Segundo o promotor-geral, outras prisões poderão ser decretadas nos próximos meses no decorrer das investigações. Inicialmente, o episódio foi apresentado como um "erro" pelos militares, mas pouco tempo depois os investigadores descobriram que os policiais foram mortos a queima roupa apesar de estarem usando uniformes e distintivos.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.