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Colômbia diz que rejeitará resultado das eleições presidenciais na Venezuela

Após se reunir com Rex Tillerson, o presidente Juan Manuel Santos defendeu 'a restauração do canal democrático' no país liderado por Nicolás Maduro

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Por Redação
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BOGOTÁ - O presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, disse na terça-feira 6 que seu governo não reconhecerá os resultados das eleições presidenciais antecipadas na Venezuela.

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Juan Manuel Santos afirmou que para seu governoserá "impossível" reconhecer qualquer resultado da votação venezuelananas circunstâncias atuais Foto: REUTERS/Jaime Saldarriaga

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"À grave situação humanitária que o regime ditatorial se nega a reconhecer, soma-se agora à convocação de eleições presidenciais, que para nós não terão validade porque não oferecem nenhuma garantia", disse o líder a jornalistas na Casa de Nariño, sede da presidência colombiana.

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Santos, que defendeu "a restauração do canal democrático na Venezuela", afirmou que para seu governo será "impossível" reconhecer qualquer resultado da votação nas circunstâncias atuais.

"Maduro não aceitaria jamais ir às eleições livres e transparentes porque sabe que as perderia. E nessas condições será impossível para Colômbia, e penso que para muitos países democráticos como os do Grupo de Lima, reconhecer qualquer resultado", acrescentou.

A Assembleia Constituinte, que rege a Venezuela com poderes absolutos, antecipou as eleições - tradicionalmente realizadas em dezembro - para até o dia 30 de abril. Maduro, no poder desde 2013, foi oficializado candidato à presidência do chavismo apesar da profunda crise política e econômica no país.

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Santos fez as declarações após se reunir com o secretário de Estado americano, Rex Tillerson, que chegou na terça-feira a Bogotá como parte de sua visita à América Latina. Tillerson ressaltou que o "único objetivo" dos EUA e da Colômbia é "conseguir que a Venezuela volte a resgatar suas instituições e realize eleições livres e justas".

Durante sua parada no Peru, o chefe da diplomacia americana elogiou o Grupo de Lima, composto por 12 países americanos, que analisa a crise econômica e social na Venezuela e é criticado pelo regime chavista.

Colômbia e Venezuela, que compartilham uma delicada fronteira de 2,2 mil km, mantêm relações diplomáticas tensas. Santos lidera a pressão internacional sobre o governo de Maduro, o qual qualifica de "ditadura". / AFP

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