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Colômbia não tem pistas sobre paradeiro de novo líder das Farc

Cooperação internacional pode ser acionada caso Timochenko esteja escondido fora do país

Atualização:

BOGOTÁ - O comandante das forças militares da Colômbia, o general do Exército Alejandro Navas, assegurou nesta quarta-feira, 16, que não há pistas sobre o novo líder das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), mas disse que se ele estiver fora do país, como foi dito anteriormente, solicitaria uma ação de cooperação internacional para capturá-lo.

 

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As Farc emitiram um comunicado nos últimos dias afirmando ter designado Rodrigo Londoño, também conhecido como Timoleón Jiménez ou Timochenko, como sucessor de Alfonso Cano, mortos em uma operação militar no dia 4 de novembro no sudoeste colombiano. As informações obtidas pelo governo nos últimos dois anos apontam que Timochenko estaria fora da Colômbia, em zonas de fronteira com a Venezuela, o que Caracas nega.

 

Ao contrário da localização de outros chefes nomeados após a morte do antigo líder, o paradeiro de Timochenko é um mistério para os militares. "A inteligência militar e policial neste momento não têm a localização exata" do novo chefe rebelde, disse Navas em declarações veiculadas pela televisão.

 

"Se está em território de outro país e tivéssemos conhecimento disso, acionaria meu superior hierárquico, chefe supremo das Forças Armadas, o presidente da República, para que ele, por sua vez, acuda a todos os tratados de cooperação e de amizade que temos com outros países, para conseguirmos a captura ou a neutralização" de Timochenko, completou o militar.

 

O ministro da Defesa, Juan Carlos Pinzón, se recusou a comentar a suposta presença de líderes rebeldes em países vizinhos em várias entrevistas, embora guerrilheiros já tenham sido abatidos no exterior. Raúl Reyes, antigo chefe das Farc, foi morto em um bombardeio em março de 2008 no território do Equador, em uma zona próxima da fronteira que o governo de Quito dizia desconhecer.

 

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