
19 de janeiro de 2019 | 18h40
BOGOTÁ - O presidente da Colômbia, Iván Duque, pediu neste sábado, 19, que Cuba entregue os dez membros do Exército de Libertação Nacional (ELN) que integram a delegação de paz em Havana. Duque revalidou os mandatos de prisão contra os guerrilheiros após o ataque terrorista em Bogotá, na quinta-feira, que deixou 21 mortos.
“Quero deixar claro e fazer um pedido respeitoso a esse governo (o de Cuba). O que foi apresentado esta semana não é uma diferença, não é a ruptura de nenhum diálogo, porque nós não tínhamos feito presença nessa mesa esperando que (os guerrilheiros) libertassem os sequestrados e cessassem os ataques terroristas”, disse Duque em resposta a um pronunciamento do chanceler cubano, Bruno Rodríguez.
Na sexta-feira, o presidente colombiano anunciou que não haverá mais negociações de paz com o ELN, enquanto o grupo não libertar os 17 reféns que mantém e renuncie às ações violentas. “Todos os benefícios concedidos a eles (guerrilheiros) pelo Estado no passado foram suspensos e as circulares vermelhas da Interpol foram reativadas”, explicou Duque em mensagem em cadeia nacional.
Hoje, durante um evento oficial no Departamento (Estado) do Tolima, o presidente criticou o pronunciamento da chancelaria cubana, que manteria em vigor os protocolos do diálogo de paz – o que, na prática, significa a intenção de não extraditar os guerrilheiros.
Duque criticou o argumento cubano. “O atentado não foi uma simples diferença de opinião, mas um ato criminoso que viola os direitos humanos”, disse o colombiano. / EFE
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