Colômbia prende acusado de assassinar de ex-candidato presidencial há 20 anos

Ex-chefe da polícia, Miguel Maza Márquez é acusado de envolvimento na morte de Luis Carlos Galán, em 1989.

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Por BBC Brasil
Atualização:

Autoridades da Colômbia prenderam, nesta quarta-feira, o ex-chefe da polícia de alto escalão Miguel Maza Márquez, acusado de envolvimento no assassinato do ex-candidato presidencial Luis Carlos Galán, em 1989. Galán era favorito para as eleições e foi morto durante um comício em Bogotá no dia 18 de agosto de 1989. O assassinato do político permanece como um dos casos de maior repercussão ainda não solucionados pela Justiça da Colômbia. Entre 1980 e 1990, o general Maza dirigiu por vários anos o Departamento Administrativo de Segurança (DAS) -a polícia secreta da Presidência da República. Como diretor, ele foi uma figura importante na luta do governo colombiano contra o temido Cartel de Medelín - a organização criminosa que inicialmente foi considerada responsável pelo assassinato de Galán. A detenção de Maza representa uma mudança importante nas investigações sobre o assassinato e coincide com a divulgação de uma declaração judicial do ex-presidente César Gaviria. No depoimento, revelado pelo canal de televisão Caracol, Gaviria disse que removeu Maza do cargo assim que o governo dos Estados Unidos o informou que o oficial "tinha vínculos com o Cartel de Cali". Segundo o correspondente da BBC em Bogotá, acredita-se que o crime tenha sido ordenado pelo então chefe do Cartel de Medelín, Pablo Escobar, mas o DAS pode ter sido cúmplice no assassinato. BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.

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