
10 de julho de 2013 | 12h16
BOGOTÁ - O governo da Colômbia vai pedir explicações aos Estados Unidos sobre a espionagem de cidadãos colombianos. O Ministério das Relações Exteriores afirmou, em comunicado, que o país sul-americano rejeita "atos de espionagem que violam os direitos e privacidade dos cidadãos e das convenções internacionais."
O jornal O Globo noticiou na terça-feira que cidadãos da Colômbia, México, Argentina, Equador, Venezuela, Panamá, Costa Rica, Nicarágua, Honduras, Paraguai, Chile, Peru, Brasil e El Salvador foram alvos do programa de monitoramento de ligações telefônicas e internet da Agência de Segurança Nacional dos EUA (NSA, na sigla em inglês).
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A reportagem foi feita a partir de declarações do ex-técnico da CIA Edward Snowden. Segundo o diário brasileiro, o objetivo da agência de espionagem americana era obter dados sobre temas como energia, petróleo e compras de equipamento militar.
Presidentes dos outros países que, segundo a reportagem, também foram alvos do serviço de monitoramento americano devem discutir o caso na reunião do Mercosul, que começa nesta quinta-feira em Montevidéu, no Uruguai.
"Corre um frio pela minha espinha quando me dou conta de que estão espionando a todos nós por meio de seus serviços de informação", disse a presidente argentina, Cristina Kirchner. O chanceler equatoriano, Ricardo Patiño, condenou o que chamou de "situação de espionagem permanente"./ AP
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