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Colômbia quer ressuscitar intervenção no mercado de café

Por Agencia Estado
Atualização:

O governo colombiano jogou uma batata quente para o brasileiro, ao propor uma declaração em defesa das economias cafeeiras. A declaração é inaceitável, segundo especialistas brasileiros, mas a decisão política foi manifestar simpatia. O manifesto foi proposto para expressar a opinião de 18 governos de países produtores de café. As autoridades colombianas sugerem, além de outras medidas, um convite aos Estados Unidos e ao Canadá para voltarem à Organização Internacional do Café e à discussão de medidas para o ordenamento da oferta e da demanda. Ao chegar de um encontro com o presidente George W. Bush, o presidente Fernando Henrique Cardoso foi confrontado, no saguão do Hotel Hilton, com a pergunta de uma jornalista colombiana. Respondeu que, "em princípio", o governo brasileiro está de acordo com o comunicado sugerido pelos colombianos. Acrescentou que o preço do café têm caído e, nessas ocasiões, há sempre idéia de retenção do produto. "Já fizemos e não funcionou muito", dissse Fernando Henrique. Por isso, é preciso ver, agora, como se pode restabelecer o equilíbrio no mercado. Em seguida, lembrou que estava na cidade o embaixador brasileiro em Washington, Rubens Barbosa, que esteve ligado, em Londres, à Organização Internacional do Café e é um funcionário familiarizado com o assunto. "Eu, de café, só sei o gosto", concluiu o presidente. O embaixador Rubens Barbosa não estava por perto. Entre os brasileiros, considera-se pouco provável que americanos e canadenses aceitem a idéia de retornar à OIC, para participar de um esquema de controle de mercado. Outros itens da proposta colombiana, como a busca de financiamento para o controle da oferta mundial de café, também dificilmente serão aceitos, segundo avaliação de especialistas.

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