Colômbia vai às urnas sob forte esquema de segurança

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Por Agencia Estado
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"Os insurgentes não nos derrotarão com as bombas e o terrorismo", advertiu nesta sexta-feira o presidente da Colômbia, Andrés Pastrana, ao anunciar que existem "todas as garantias" para que os cerca de 24 milhões de eleitores do país possam ir às urnas no domingo para escolher seus representantes no Congresso. Ao anunciar que mais de 100.000 membros das Forças Armadas protegerão os eleitores em todo o território nacional, o mandatário admitiu que o governo não pode evitar que cheguem ao Legislativo políticos que representem interesses ilícitos ou sejam influenciados pelos paramilitares ultradireitistas. Durante a entrevista que concedeu à imprensa e posterior conversa informal com correspondentes estrangeiros sobre as próximas eleições - que considera "vitais para o futuro da Colômbia" -, Pastrana assegurou que "nunca antes na história" do país se implementou uma operação "tão ampla" em apoio a um pleito. No entanto, disse que estas não são as eleições que se realizam nas "piores circunstâncias" das últimas décadas. O presidente afirmou que, apesar das muitas tentativas das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC) de impedir a votação, já foram distribuídas 44 milhões de cédulas para os eleitores assinalarem seus preferidos entre os mais de 5.000 candidatos. Disse também que são os partidos ou movimentos políticos os que dão o aval para a inscrição de cada candidato ao Congresso, sem que o governo tenha faculdades legais para evitar, no caso de isto suceder, que os paramilitares possam ser representados por 90 legisladores, como foi prognosticado. Até agora não foi identificado nenhum dos supostos candidatos das Autodefesas Unidas da Colômbia (AUC), consideradas como os esquadrões da morte rurais. Fontes governamentais informaram que pelo menos 100 dos candidatos ao Legislativo foram condenados ou estão sob investigação - os que os inabilita a ocupar seus cargos caso sejam eleitos.

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