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Colonos judeus atacam base israelense na Cisjordânia

Por JERUSALÉM
Atualização:

Dezenas de colonos judeus invadiram ontem uma base do Exército israelense na Cisjordânia. Eles atearam fogo, danificaram veículos e atiraram pedras contra um comandante, horas depois de um outro grupo tomar um prédio abandonado numa zona militar fechada na fronteira com a Jordânia. O incidente é um sinal ameaçador da crescente audácia dos extremistas judeus, que vêm cada vez mais descarregando sua cólera contra soldados que, na verdade, têm por missão protegê-los. O primeiro-ministro Binyamin Netanyahu condenou os ataques e ordenou às forças de segurança que "reajam agressivamente contra aqueles que atacaram os soldados israelenses e seus comandantes", segundo um comunicado do seu gabinete. O ministro da Defesa, Ehud Barak, qualificou os incidentes de "terror doméstico", afirmando que eles "ameaçam as delicadas relações de Israel com seus vizinhos". Os soldados dispersaram os desordeiros e duas pessoas foram detidas, disse o porta-voz da polícia Micky Rosenfeld. De acordo com o site de notícias israelense Ynet, os colonos protestavam contra um plano de retirada de assentamentos. Nos últimos anos, alguns colonos vêm atacando propriedades palestinas ou do Exército em protesto contra medidas adotadas pelo governo israelense em relação aos assentamentos, uma tática que chamam de "preço a pagar". "Estamos à beira de uma guerra civil", alertou a líder da oposição no Parlamento, Tzipi Livni, em entrevista à uma rádio israelense. Na noite de segunda-feira, em outra parte da Cisjordânia, um grupo distinto de colonos radicais derrubou uma cerca e invadiu uma zona militar fechada, ao longo da fronteira com a Jordânia. Eles se apossaram de uma igreja abandonada próximo do local onde Jesus teria sido batizado, no Rio Jordão, antes de serem retirados pelas forças de segurança israelense, quando 17 pessoas foram presas.Cerca de 300 mil colonos judeus vivem na Cisjordânia. Outros 200 mil vivem em Jerusalém Oriental. / AP

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