O México inicia no dia 1.º a reabertura gradual de suas atividades sociais e econômicas, mesmo diante do aumento de novos casos e mortos – são mais de 74 mil infectados e 8 mil mortos. O presidente, Andrés Manuel López Obrador, atribuiu o avanço da pandemia “a um ajuste”, já que determinar as causas dos óbitos “leva tempo”. Ele assegurou haver indícios de uma redução do vírus na Cidade do México, epicentro da doença.
Claudia Sheinbaum, chefe de governo da capital, que tem 21 mil infectados e 2.150 mortos, admitiu horas após as declarações do presidente um ligeiro aumento de casos nos hospitais da Cidade do México, o que levou a epidemiologista Alejandro Macías a dizer que a situação “não está controlada”.
Na quarta-feira, 27, o país registrou seu pior dia desde o começo da pandemia, com 501 novas mortes por coronavírus e mais 3.455 casos de infecção, segundo informações divulgadas pelas autoridades sanitárias locais.
Perguntado se o recorde representa o pico da curva de contágio, o subsecretário de Prevenção e Promoção da Saúde do México, Hugo Lopez-Gatellis, limitou-se a dizer para não haver qualquer expectativa de que em algum momento a epidemia vai cair por completo.
"Devido à extensão territorial e densidade populacional, o nosso país não está passando por uma única pandemia. Estamos começando a ver sinais de redução em alguns estados, mas em outros continuará crescendo", comentou. /EFE