Com Chávez em baixa, começa campanha para eleição legislativa

Popularidade do presidente, que era de 57% há um ano, é de 37%, diz pesquisa

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Por Redação
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CARACAS - A campanha eleitoral para as eleições legislativas do próximo dia 26 de setembro começou nesta quarta-feira, 25, com o presidente Hugo Chávez em baixa entre os venezuelanos. De acordo com uma pesquisa da consultoria Keller e Associados, os candidatos chavistas contam com o apoio de 32% dos venezuelanos, contra 46% de candidatos da oposição. A popularidade de Chávez caiu para 37%.

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Outra consultoria, a consultores 21, também mediu a popularidade de Chávez em 37%. Há um ano, o presidente contava com o apoio de 57% dos venezuelanos. "É difícil suspender a eleição, mas se pudesse, Chávez faria isso", disse o pesquisador Saúl Cabrera ao jornal El Universal. Chávez deve entrar com toda a força na campanha para garantir a maioria do Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV) na Câmara. "Já se fala nas listas como as listas de Chávez. O governo deve usar a figura do presidente na campanha", afirmou Cabrera.Segundo Alfredo Keller, da Keller e associados, a decisão governamental de transformar cada eleição em um plebiscito onde só se vota a favor ou contra Chávez se deve ao fato de que o presidente é o único líder com popularidade real. "Ainda é possível que o governo obtenha a maioria de cadeiras com menos votos", alertou Keller.

O Conselho Nacional Eleitoral (CNE)mudou em janeiro a composição das circunscrições eleitorais e a distribuição de deputados em oito estados  governados pela oposição. FogosAlheios às pesquisas, os partidários do presidente venezuelano, Hugo Chávez, comemoraram hoje com fogos de artifício a abertura oficial da campanha . O lançamento dos fogos ocorreu em vários pontos da capitalvenezuelana e, segundo porta-vozes do PSUV, liderado por Chávez, em povoados e cidades do interior do país.Aristóbulo Istúriz, chefe de campanha do PSUV, disse que a celebração com fogos é "um convite às 36 mil patrulhas socialistas para que saiam às ruas com paixão" para trabalhar na vitória eleitoral que manterá o controle do Parlamento em mãos revolucionárias. Em 26 de setembro, 17 milhões de venezuelanos poderão comparecer às urnas aos 165 parlamentares que integrarão a Assembleia Nacional durante os próximos cinco anos.

 

Com Efe

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