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Com prudência, oposição aceita negociar no Bahrein

Manifestantes reocupam a Praça Pérola e opositores fazem várias exigências às autoridades do emirado

Atualização:

MANAMAMilhares de pessoas ocupavam ontem a Praça Pérola, no centro de Manama, capital do Bahrein, enquanto a oposição tentava chegar a um acordo antes de iniciar um diálogo com os líderes do emirado. A praça foi reocupada no sábado pelos manifestantes depois que o Exército deixou o local e o príncipe herdeiro Salman Hamad Al-Khalifa ordenou à polícia que não interferisse nos protestos.O príncipe herdeiro propôs à oposição uma mesa de diálogo após seis manifestantes serem mortos pelas forças de segurança. A oposição anunciou que vê com prudência o diálogo sobre as reformas políticas e continua apresentando como condição a libertação dos presos políticos e a demissão do governo, ao qual acusa pela violenta repressão aos protestos."A oposição não rejeita o diálogo, mas exige uma plataforma que a favoreça", disse à agência France Presse Abdel Khalil Ibrahim, líder do bloco parlamentar do Wefaq, principal partido de oposição xiita. "Devemos dar sinais de prudência, pois a família real (sunita) está dividida sobre o modo de lidar com os últimos acontecimentos", afirmou Ibrahim Sharif , secretário-geral da Aliança Nacional Democrática. "Desta vez, a oposição não vai aceitar simples promessas. Vai exigir a garantias de que a Constituição será reformada", disse o deputado do Wefaq Ali Al-Asuad.A secretária americana de Estado, Hillary Clinton, disse ontem em entrevista à ABC News que o governo do Bahrein deveria adotar reformas no país em vez de atacar os manifestantes. / AFP e REUTERS

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