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Comandante é o mesmo que prendeu Saddam

Vice-almirante McRaven é considerado por Gates como ''implacável e eficaz no combate aos inimigos dos EUA''

Por Denise Chrispim Marin
Atualização:

WASHINGTONNa véspera da operação que matou Osama bin Laden, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, fez uma pausa no jantar de gala com os jornalistas que cobrem a Casa Branca e telefonou para o vice-almirante William McRaven. Obama desejou-lhe boa sorte. No domingo, McRaven liderou a tropa de soldados das Forças Especiais da Marinha americana no assalto à fortaleza onde se escondia o terrorista mais procurado pelos EUA. A operação de 40 minutos terminou com McRaven dizendo a senha "Gerônimo" ao diretor da CIA e futuro secretário da Defesa, Leon Panetta. Bin Laden estava morto.Texano de Santo Antonio, o comandante das Forças Especiais Conjuntas McRaven fora chamado por Panetta para liderar a missão em Abbottabad em fevereiro, segundo o jornal The New York Times. Sua ficha de serviço era perfeita para a tarefa. McRaven comandou a Força Tarefa 121, um híbrido de militares e de agentes de inteligência que capturou o ex-presidente do Iraque Saddam Hussein, em dezembro de 2003. Sua tese na escola de pós-graduação da Marinha americana sobre operações especiais tornou-se leitura obrigatória para os comandantes da força.Graduado em Jornalismo pela Universidade do Texas, McRaven é considerado pelo atual secretário de Defesa americano, Robert Gates, como "implacável e eficaz no combate aos inimigos mais perigosos e cruéis da América". Em abril do ano passado, no Afeganistão, depois da morte de quatro pessoas desarmadas por uma das equipes sob seu comando, McRaven apresentou um pedido de perdão ao patriarca local. Levou ainda uma oferta de dois carneiros para desfazer o mal-estar.

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