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Comandante iraniano diz que mísseis contra bases americanas são início de operação

Segundo militar da Guarda Revolucionária do Irã, objetivo era mostrar força e atingir equipamentos dos Estados Unidos

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Por Redação
Atualização:

O chefe da divisão aérea da Guarda Revolucionária do Irã, brigadeiro-general Amir Ali Hajizadeh, afirmou nesta quinta-feira, 9, que o objetivo de seu país com o ataque com mísseis balísticos contra duas bases americanas no Iraque não tinha como objetivo ser letal, mas que são o início de uma grande operação. 

"Os ataques com mísseis em uma das bases mais importantes dos EUA foram o início de uma grande operação que continua por toda a região", disse Hajizadeh. "Queríamos atingir a 'máquina militar' do inimigo". Apesar disso, ele afirmou que "dezenas de pessoas foram mortas ou feridas" - informação negada tanto por oficiais do Iraque como dos Estados Unidos. As declarações foram dadas à agência de notícias iraniana Tasnim.  

Manifestante segura foto de Suleimani em protesto em Teerã (REUTERS) 

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"Poderíamos organizar a operação de maneira que 500 fossem mortos na primeira etapa e, se respondessem, na segunda e terceira etapas, suas baixas chegariam de 4 mil a 5 mil", disse. Os ataques foram uma reação à morte do general Qassim Suleimani, o principal militar iraniano, na quinta passada, em Bagdá, a mando do governo americano. 

Na quarta, Donald Trump preferiu evitar uma escalada no conflito e optou por mais sanções econômicas ao Irã. No primeiro pronunciamento após o ataque, o presidente americano disse que estava pronto para “abraçar a paz” e garantiu que prefere a pressão diplomática à opção militar. 

Demonstração de capacidade

Também nesta quinta, o subcomandante da Guarda Revolucionária, Ali Fadavi, afirmou que o ataque foi uma demonstração da capacidade defensiva iraniana. Ele destacou que o bombardeio contra a base de Al Asad foi "uma das manifestações inigualáveis do poderio e da capacidade do Irã no campo da defesa militar".

"Os EUA sempre cometeram atrocidades e crimes na região e no mundo, mas nunca conseguiram a vitória diante do Irã islâmico", comentou, segundo a agência de notícias Tasnim. Imagens de satélite registradas pela empresa americana Planet e divulgadas na quarta mostraram danos significativos em edifícios de uma das bases aéreas atacadas.  / Com informações do Washington Post e da EFE

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