BANGCOC - Um oficial renegado do Exército da Tailândia acusado de comandar as operações militares dos manifestantes "camisas vermelhas" foi atingido na cabeça por um tiro nesta quinta-feira, 13, informaram seus assistentes, pouco depois de explosões e disparos serem ouvidos na capital do país, Bangcoc.
O assistente do Major General Khattiya Sawasdiphol atendeu seu telefone e disse que o "Comandante Vermelho", como é chamado, estava gravemente ferido. "Khattiya foi atingido na cabeça", disse o assistente, sem se identificar. O incidente ocorre no mesmo dia em que as autoridades tailandesas disseram que aumentariam a repressão contra os manifestantes, que ocupam as ruas de Bangcoc há mais de um mês.
Não foi possível verificar a autenticidade do relato. Segundo a pessoa que atendeu o telefone, o tiro que atingiu o Comandante Vermelho foi disparado por um atirador de elite. O Exército não respondeu aos chamados para comentar o caso.
Vários veículos da imprensa tailandesa reportaram que Khattiya foi atingido e levado ao hospital. Ele é um alto oficial militar renegado que o governo considera como terrorista e é quem está por trás das operações militares dos camisas vermelhas.
Não ficou claro se os tiros e explosões partiram dos manifestantes ou do Exército, mas tudo ocorreu depois de o governo anunciar que aumentaria a repressão sobre os protestos.
Khattiya, que ajudou a construir as barricadas que paralisam o distrito financeiro de Bangcoc, é acusado de criar uma força paramilitar entre os manifestantes contra o governo e jurou lutar contra o Exército se fosse lançada uma ofensiva. Ele foi suspenso de suas funções nas Forças Armadas e suas ações o transformaram em um fugitivo.
Um repórter do canal TNN disse que a eletricidade foi cortada na noite da quinta-feira na zona de Rajprasong, onde há shoppings, hotéis e apartamentos de luxo que estão ocupados desde o dia 3 de abril.
Os camisas vermelhas, muitos de origem rural e pobre, demandam a dissolução imediata do Parlamento e a convocação de novas eleições. Eles julgam que o atual primeiro-ministro, Abhisit Vejjajiva, chegou ao poder pela manipulação da justiça e apoiado pelos militares.