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Comandantes militares chefiarão distribuição de alimentos na Venezuela

Reorganização faz parte de plano do presidente Nicolás Maduro para combater a severa escassez de gêneros de primeira necessidade; 18 principais tipos de alimentos consumidos no país serão geridos por militares

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Por Redação
Atualização:

CARACAS - O ministro de Defesa da Venezuela, general Vladimir Padrino, nomeará um comandante para cada um dos 18 principais tipos de alimentos consumidos no país, entre eles o arroz, como parte de um plano do presidente Nicolás Maduro que busca combater a severa escassez vivida pelos venezuelanos.

"Ordenei nomear um general, com uma equipe cívico-militar, para cada setor alimentício; ou seja, um general ou almirante será chefe do arroz e vai mostrar um mapa completo, da produção, ou importação, até a comercialização", explicou o ministro, citado na quarta-feira 24 pela imprensa local.

Ministro da Defesa da Venezuela, Vladimir Padrino Foto: AFP PHOTO / PRESIDENCIA

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Encarregado da chamada "Grande Missão de Abastecimento Soberano e Seguro", Padrino anunciou a criação de uma unidade de apoio especial, com 250 brigadistas e 1,7 mil líderes comunais "para recolher as colheitas".

"Com isso, buscamos governar realmente os 18 produtos primários tanto de farmácia como de consumo", afirmou o general, sem informar os setores, durante uma discussão com Maduro sobre o avanço do plano. O ministro acrescentou que foi criada uma Comissão Especial para abordar o tema de distribuição de insumos médicos, cuja escassez atinge 81%, segundo uma pesquisa realizada por organizações médicas e acadêmicas.

"Não podemos continuar permitindo que essa distribuição fique nas mãos de drogarias privadas, se temos uma capacidade deixada pelo comandante Hugo Chávez, computadorizada. Já começaram a trabalhar nessa área", afirmou Padrino.

Maduro, que enfrenta uma baixa popularidade, espera que os militares ponham ordem na distribuição de mercadorias e reduzam a aguda escassez de mais de 80% em alimentos e remédios que angustia os venezuelanos e provoca longas filas nos supermercados. / AFP

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