Combates no sul do Sudão mataram mais de 600, diz ministro

PUBLICIDADE

Atualização:

Mais de 600 pessoas já morreram em insurgências iniciadas no ano passado em dois Estados sudaneses que fazem fronteira com o Sudão do Sul, disse na terça-feira o ministro sudanês do Interior, no primeiro saldo oficial do conflito a ser divulgado. Os confrontos entre o Exército sudanês e o grupo rebelde MLPS-Norte começaram em junho de 2011 no Estado petrolífero de Kordofan do Sul, logo antes da independência do Sudão do Sul. Em setembro de 2011, a violência se espalhou para o Estado do Nilo Azul, também fronteiriço com o novo país africano. Os combates levaram mais de 500 mil pessoas a fugirem, e alimentaram tensões entre o Sudão e o Sudão do Sul. Cartum acusa o governo sul-sudanês de apoiar o Movimento de Libertação do Povo do Sudão-Norte, algo que o governo do Sudão do Sul nega. O ministro Ibrahim Mahmoud disse ao Parlamento que 633 pessoas foram mortas desde o ano passado nos dois Estados. Ele acrescentou que a maioria dos mortos era composta por civis, e que os demais eram soldados do governo. Mahmoud não apresentou uma estimativa sobre a quantidade de baixas entre os rebeldes. O Sudão do Sul se tornou independente em julho de 2011, conforme os termos de um acordo de 2005 que encerrou uma longa guerra civil entre o norte e o sul do antigo Sudão. Os dois países, no entanto, ainda precisam resolver várias disputas territoriais, e seus Exércitos travaram alguns confrontos desde a secessão. (Reportagem de Khalid Abdelaziz)

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.