Começa a segunda fase das eleições dos Emirados Árabes

A terceira e última fase das eleições será realizada na próxima quarta-feira

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Por Agencia Estado
Atualização:

Os Emirados Árabes Unidos (EAU) realizam nesta segunda-feira a segunda fase das primeiras eleições na história do país desde sua independência em 1971, nas quais as mulheres têm direito a votar e a apresentar-se como candidatas. Na primeira fase, do sábado passado, uma mulher ganhou uma das seis cadeiras por Abu Dhabi - cidade estado e capital dos Emirados Árabes - e se tornou assim a segunda deputada escolhida das conservadoras monarquias árabes do Golfo Pérsico. As eleições, nas quais serão escolhidos 20 dos 40 membros do Conselho Nacional Federal (CNF) que será o núcleo de um futuro Parlamento, se desenvolvem em três períodos nos sete emirados que compõem a federação dos EAU: Abu Dhabi, Fujeira, Dubai, Sharja, Ajman, Um-Quain e Ras el-Jaima. Os 20 assentos restantes do Conselho serão designados pelos governantes dos sete estados da federação, dependendo da cota de cada um deles no CNF. Os colégios eleitorais abriram nesta segunda-feira às 08h (03h em Brasília) em Dubai (centro comercial da região) e Ras el-Jaima, onde 143 deputados, incluindo 15 mulheres, disputam sete das 20 cadeiras em jogo, e a votação durará onze horas. A terceira e última fase das eleições será realizada na próxima quarta-feira em Sharja, Ajman e Um-Quain, para escolher os sete deputados restantes do CNF. Os EAU, um país estável, moderno e com a economia mais dinâmica do Golfo e de todo Oriente Médio, tem cerca de 4,3 milhões de habitantes, dos quais 800 mil são cidadãos e o resto são trabalhadores estrangeiros, em sua maioria asiáticos (filipinos, paquistaneses e iranianos). Dos 800 mil árabes, apenas 6.700 têm direito de participar das eleições; 15% deles são mulheres, todas elas nomeadas pelos governantes dos sete estados da Federação. Entre os seis países do CCG, apenas o Kuwait tem um Parlamento completamente eleito pelo povo, e há vários meses permitiu que as mulheres participassem das eleições. Arábia Saudita, Omã e Catar ainda têm Conselhos de Shura (consultivos), que não têm poder legislativo.

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