O governo da Venezuela e a PDVSA, a estatal do petróleo, tem de pagar entre hoje e o dia 2 títulos e juros da dívida da empresa que totalizam quase US$ 6,1 bilhões. Analistas do mercado financeiro estimam que, apesar da grave crise econômica e da baixa no preço do petróleo, ainda reste no caixa chavista recursos para saldar a dívida. Segundo o Banco Central Venezuelano, as reservas em moeda forte do país são estimadas em US$ 15 bilhões.
Ao longo do ano, o governo venezuelano restringiu ainda mais a oferta de dólares à iniciativa privada para conter uma escassez de moeda forte que se arrasta desde 2013 e se agravou a partir da metade do ano passado, quando o preço do barril do petróleo caiu à metade, diminuindo a receita em dólar do país.
Economistas acreditam que a situação financeira do país se agravará ainda mais depois das eleições, uma vez que o chavismo deve ampliar a importação de alimentos, remédios e bens de primeira necessidade para diminuir a sensação de escassez da população e beneficiar candidatos do governo.
Se a dívida não for quitada, a PDVSA pode sofrer sequestro de ativos, entre eles refinarias e petroleiros.