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Começa eleição na Polônia que vai eleger o sucessor de Lech Kaczynski, morto em acidente aéreo

Autoridades polonesas oferecem toda comodidade aos cidadãos durante jornada eleitoral. Objetivo é afastar pessimismo que se instalou por todo o país após tragédia

Atualização:

Eleições. O candidato liberal à presidencia da Polônia, Bronislaw Komorowski, deposita seu voto junto com a esposa Anna em um colégio eleitoral de Varsóvia.

 

 

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VARSÓVIA - Os colégios eleitorais da Polônia abriram neste domingo, 20, suas portas para os mais de 30 milhões de cidadãos convocados para escolher o presidente do país e sucessor de Lech Kaczynski, morto em um acidente aéreo no mês de abril. A jornada eleitoral começou com normalidade às 6h (hora local, 1h de Brasília) e termina 14 horas depois, às 20h (15h).

 

As autoridades polonesas pretendem que os cidadãos contem com toda a comodidade para votar, o que justifica esta ampla margem de tempo e os 25.774 locais de votação constituídos, que tornarão possível que ninguém tenha que se deslocar longas distâncias para exercer seu direito.

 

Apesar destas facilidades, se prevê que a abstenção fique em torno de 50 %, segundo as pesquisas. Os sociólogos opinam que as inundações vividas pela Polônia nas últimas semanas, a proximidade do verão e o pessimismo que seguiu o acidente aéreo onde Lech Kaczynski e seu séquito de 95 pessoas são fatores que afundaram os cidadãos em um estado de desolação nacional e desinteresse pelo pleito.

 

O liberal Bronislaw Komorowski aparece como o virtual vencedor segundo todas as pesquisas, na frente dos outros nove aspirantes a se transformar em chefe de Estado da Polônia neste pleito. Só o conservador Jaroslaw Kaczynski, irmão gêmeo do anteriorpresidente, ameaça a vitória liberal com seu discurso patriótico e defensor da soberania nacional frente a Bruxelas.

 

Apesar de sua condição de vencedor quase indiscutível, tudo aponta para que Komorowski não poderá se proclamar esta noite presidente, mas terá que esperar até o segundo turno, prevista para o próximo dia 4 de julho.

 

O segundo turno só vai acontecer se nenhum dos aspirantes superar hoje 50% dos votos, e nele devem se enfrentar os dois candidatos mais votados agora, com segurança Komorowski e Kaczynski.

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A maioria dos poloneses votará acompanhada de sua família, e grande parte o fará antes das 14h, após assistir a missa e dar um passeio.

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