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Começa nesta quinta julgamento de terroristas na Espanha

Ao todo, 29 pessoas sentarão no banco dos réus - a maioria marroquinos

Por Agencia Estado
Atualização:

O julgamento dos atentados de 11 de março de 2004, a ação terrorista mais grave na história da Espanha, na qual morreram 191 pessoas e quase 2 mil ficaram feridas, começa nesta quinta-feira, 15, com 29 acusados no banco dos réus, cerca de 650 testemunhas e dezenas de peritos. A Promotoria pede penas que superam os 270 mil anos de prisão para os 29 acusados. São 15 marroquinos, nove espanhóis, dois sírios, um argelino, um libanês e um egípcio. A audiência começará com o interrogatório de Rabei Osman El Sayed, conhecido como "Mohammed, o Egípcio", um dos supostos autores intelectuais do massacre. O governo espanhol aumentou o nível de alerta do Plano de Prevenção Antiterrorista para médio. O objetivo é garantir a segurança durante o julgamento, a poucos dias do terceiro aniversário do ataque. Em 11 de março de 2004, 191 pessoas morreram e quase 2 mil foram gravemente feridas pela explosão de quatro trens no começo da manhã, quando milhares de estudantes e trabalhadores, muitos deles imigrantes latino-americanos, iam trabalhar. Fortes medidas de segurança cercarão também a Audiência Nacional, onde estarão os acusados do atentado, atribuído a muçulmanos ligados à Al-Qaeda. O tribunal é formado pelos juízes Javier Gómez Bermúdez, Fernando García Nicolás e Alfonso Guevara. Os promotores são Olga Sánchez, Carlos Bautista, Javier Zaragoza e Jesús Santos. Também estarão no julgamento 26 advogados de defesa, 23 de acusação, dois do Estado e dezenas de peritos. As vítimas poderão acompanhar as sessões através de um circuito interno de televisão, numa sala onde receberão apoio psicológico e de saúde.

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